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Arte como Ferramenta de Auto Transformação

Tem dias em que tudo parece demais, né? O corpo está presente, mas a cabeça está longe, em outro lugar. Talvez você já tenha sentido isso. O coração fica pesado, mas sem um motivo claro. Parece que tem algo travado na garganta, e a vida passa por dentro de você numa energia difícil de conter, de entender — e tudo o que você queria era ficar em paz.


Nesses dias, eu crio. Não por inspiração ou euforia, mas por necessidade. Às vezes, não sei exatamente o que se passa, mas sinto que preciso colocar isso para fora. Quando tudo dentro da gente parece confuso, criar é um ótimo canal de escoamento para tanto sentimento. É criando que eu encontro abrigo.


A expressão artística, muitas vezes, é um espaço de escuta. Meu psicólogo. Um lugar onde posso existir sem precisar me explicar. É um gesto de cuidado com o que sinto, mesmo quando não consigo nomear.


Todos nós já nos sentimos assim em algum momento da vida. A ansiedade aperta, a dúvida e o medo paralisam, a tristeza silencia. E, por diversas razões, fomos educados a disfarçar tudo isso com sorrisos e distrações — mesmo sabendo que, muitas vezes, essa sensação só se acumula.


Por isso, se você estiver passando por um momento assim — ou quando acontecer, no futuro — eu te convido a criar. Qualquer coisa. Escreva o que sente num papel (não precisa mostrar para ninguém). Desenhe (se quiser desenhar). Pinte (se quiser pintar). Mas crie — ou dance, ou cante. Se expresse de alguma forma para colocar todo esse sentimento para fora. Tenho certeza de que isso vai ajudar a diminuir, ou até tirar, esse peso no peito.


Se expressar, por meio da criação, é uma das formas de lembrar que você está aqui. Que sua existência importa. Que sua voz, seu gesto e seu sentimento têm valor. É nesse processo que começamos a transformar a dor: colocando para fora o que sentimos, abrimos espaço para novas possibilidades.


E, no final, você vai perceber que o que nos cura quase nunca é o resultado, mas o processo. É o cuidado em parar, se ouvir, se expressar, se conhecer — e se transformar.


Por isso, se um dia você se encontrar nesse momento, respeite-o. Não ignore esse convite que vem de dentro, chamando você para visitar sua alma. Que, independente da forma como criar, esse gesto te leve de volta para casa. Para a sua casa.


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